No dia 31 de outubro dois trabalhadores foram assassinados em uma mina de carvão na província de Kwazulu-Natal, no leste da África do Sul, por mercenários (vulgo "seguranças") de uma transnacional canadense, a Forbes Coal.
Os operários da mina de Magdalena estão em greve desde o último dia 17 de outubro, reivindicando melhores salários. As informações são de que, no dia das execuções, cerca de cem trabalhadores estavam concentrados na mina quando sofreram uma truculenta tentativa de dispersão por parte dos mercenários fantasiados de "guardas" da Forbes Coal. Os dois que foram mortos teriam tentado entrar na sala de armas do local em busca de meios para se defender.
No último dia 6 de novembro a agência internacional de notícias Reuters anunciou que tivera acesso a fotografias atestando que a polícia da África do Sul "plantou" armas junto aos corpos dos 34 mineiros assassinados em agosto em uma mina de platina de uma transnacional britânica que opera naquela semicolônia, na maior chacina levada a cabo pelas forças de repressão sul-africanas desde o fim (fim apenas formal, oficialesco) do regime de Apartheid.
Em fotografias tiradas logo depois da matança, pelo menos dois operários jazem sem qualquer vestígio de armas ao seu lado. Já em outras fotografias, estas tiradas um pouco mais tarde, há várias armas, inclusive lanças e um facão, que aparecem ao lado dos mesmos cadáveres, em uma clara armação para tentar justificar as infames execuções de trabalhadores em plena luta por melhores salários e condições de trabalho.