A liminar de reintegração de posse do Assentamento Milton Santos foi provisoriamente cancelada, mas a situação dos camponeses ainda é indefinida.

Camponeses têm como principal aliada a produção coletiva
A história do Assentamento Milton Santos começa em 2005, quando dezenas de famílias ocupam a fazenda Boa Vista, em Americana (SP). Em 2006, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) legaliza o assentamento e 68 famílias começam a viver e produzir na área.
O Assentamento é considerado modelo na produção agroecológica e abastece a região de Campinas (SP) com mais de 300 toneladas de alimentos por ano.
A fazenda pertencia à Família Abdalla e havia sido confiscada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em 1976. A área foi repassada do INSS para o Incra, que ignorou o conflito possessório que existia na área, confiando numa decisão provisória em favor do INSS. A Usina Ester, que havia arrendado as terras da Família Abdalla estava questionando a posse do INSS sobre a fazenda.
A reintegração de posse em favor da Usina Ester foi concedida em julho de 2012 e a saída dos camponeses foi prorrogada para 31 de janeiro de 2013. Desde então, o Incra vinha prometendo que os camponeses não sairiam da área e que se preciso seria decretada a desapropriação por interesse social.