
Ativistas do MEPR em combativa passseata contra a agressão imperialista ao Iraque. 03/2003
Era uma segunda-feira, 24 de março de 2003. Havia cinco dias o imperialismo ianque desencadeara sua covarde agressão ao Iraque. No monopólio de imprensa, boletins a cada hora mostravam o "imbatível" poderio militar do USA, como se a guerra contra o "terror" pudesse ser ganha em dias ou até mesmo em horas. As fileiras do oportunismo engrossavam de fato a contrapropaganda do imperialismo, ressaltando o suposto "massacre" em curso no Iraque. Chegaram a montar, em frente ao consulado ianque, uma "tenda da paz" e, enquanto a resistência iraquiana já fazia as primeiras baixas entre os invasores, tinham a desfaçatez de declararem-se "contra a guerra" em geral.
Neste contexto, realizar uma combativa manifestação para quebrar o "consenso" a respeito da agressão imperialista, desfraldando ao povo brasileiro o justo caminho da resistência, mais do que um verdadeiro dever internacionalista, era inadiável necessidade política.
A juventude militante do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) apresentou-se resoluta para cumprir essa tarefa. Um chamado foi lançado aos estudantes de todo o país e, no dia marcado, dezenas de ativistas convergiam para o Centro do Rio de Janeiro, local daquela histórica manifestação.
Batalha nas ruas
Abaixo, trechos de relato do protesto publicado no Jornal Estudantes do Povo:
"Às onze horas da manhã, já estávamos todos lá. Após um rápido lanche, dividimo-nos em quatro grupos para mobilizar as escolas e universidades próximas. A massa estudantil foi pega na saída das aulas. ‘Morte às tropas assassinas ianques’ – eram essas as palavras que os estudantes cariocas viam na porta de suas escolas... Às 15h30min os grupos convergiam todos na esquina entre as ruas México e Santa Luzia. Como que de forma inesperada, na base de gritos de ‘Morte ao imperialismo’, se formavam uma a uma as quatro fileiras naquela esquina que dava para os fundos do consulado norte-americano...