
Reunião de indígenas e ribeirinhos na sede da Norte Energia é cercada pela Força Nacional
Moradores ribeirinhos do Rio Xingu e indígenas que lutam pelas terras onde está situada a obra da Usina Belo Monte ocuparam, no dia 20 de março, o Sítio Pimental (maior canteiro de obras da usina Belo Monte) e forçaram a paralisação dos trabalhos durante 24 horas.
As populações de ribeirinhos e indígenas são alvo de processos de "remanejamento" movidos a partir da expulsão das populações locais pelas forças de repressão do velho Estado e pelo avanço das obras e denunciam o não cumprimento do acordo assinado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) a respeito de seus territórios e das obras de redução do impacto ambiental.
O CCBM e o governo federal falam em "remarcação das terras indígenas da Volta Grande do Xingu", enquanto os povos Juruna, Xipaia, Curuaia, Canela, entre outros, presentes na ocupação, reivindicam suas terras originárias. Os ribeirinhos da comunidade de Jericoá denunciam que não conseguem mais pescar e que a Norte Energia segue degradando o rio e as terras limítrofes às obras.