
A resistência da população contra a repressão tem sido cada vez mais frequente em SP.
A violação dos direitos do povo pelo Estado segue se intensificando. Um dos exemplos é o direito à moradia digna, negado a milhões de famílias. E as que se atrevem a exercer esse direito legítimo estão sujeitas a todas as brutalidades que o velho Estado pode cometer no interesse dos monopólios e da especulação imobiliária.
Em São Paulo, na manhã do dia 16/11, a tropa de choque da PM foi acionada para realizar a reintegração de posse na Ocupação Estaiadinha, localizada no centro da cidade, onde viviam mais de 600 famílias.
A estratégia antifavelas e de crescimento controlado dos governos PT/PSDB reflete o viés fascista de sua política, onde a solução para a moradia são tratores e violência policial. Quarteirões inteiros desaparecem em questões de horas, a população é expulsa e aqueles que resistem contra a máquina repressora do Estado são alvejados, surrados e presos.
Moradores da Ocupação Estaiadinha realizaram intensos protestos para tentar garantir o direito às suas casas; faixas da Marginal Tietê e ruas do entorno da região foram interditadas com barricadas em chamas e manifestantes saíram em passeata contra a remoção da comunidade.
Foram mobilizadas excessivas tecnologias de repressão para intimidar as famílias da ocupação. Helicópteros da PM com homens fortemente armados sobrevoavam o local e jogavam bombas contra os moradores. Nos protestos realizados dias depois ao despejo não foi diferente; podia-se ouvir o barulho das bombas a quilômetros de distância.