Um aparato repressivo gigantesco e mobilizado de maneira orquestrada como nunca antes se viu na história deste país. Foi isto o que Dilma anunciou na manhã do último 19 de fevereiro, em entrevista dada a rádios do estado de Alagoas. E como tudo que é medida antipovo, de autoritarismo e de repressão que anuncia ou respalda quando vem a público com ares de mãe severa, o faz arrotando sem parar as palavras “democracia” e “liberdade”, sem enrubescer sequer quando ameaça as massas insubordinadas e fartas de tanta precariedade e degradação das condições de vida.
Serão mobilizados:
1. Polícia Federal;
2. Força Nacional de Segurança;
3. Polícia Rodoviária Federal;
4. Polícias Militares, a julgar pela informação de que o gerenciamento federal planejou levar a cabo medidas para reforçar, “em sintonia” com os gerenciamentos estaduais, como o de Cabral, no Rio de Janeiro, a “segurança” nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo prevista para ser realizada no Brasil nos próximos meses de junho e julho.
Todos enumerados com orgulho pela “presidenta”, só faltando mesmo dizer que os agentes do aparato repressivo que ela coordena para fazer prisões arbitrárias e políticas e para baixar a borracha nas ruas antes, durante e depois da Copa, são soldados “no exercício cívico da violência”, ecoando frase recente dita ao monopólio da imprensa por um general que participou do gerenciamento militar.
Dilma cacarejou ainda que “é preciso reformar a lei” para incrementar, ajustar e azeitar esta escalada da repressão militarizada, preconizando canetadas que podem chegar até a tipificar o crime de terrorismo durante a Copa, como quer o ministro de Dilma e homem santo Marcelo Crivella, em clara tentativa de intimidar a resistência popular mais combativa à Copa dos ricos, e com penas de prisão prolongadas para quem ousar remar contra a maré do ufanismo e das patriotadas e for para as ruas “atrapalhar” o megaevento da Fifa e das transnacionais a ela associadas.
Para que fosse possível a Dilma levar o fascismo deste gerenciamento de turno a este nível de consequencias, o monopólio da imprensa preparou o terreno para o incremento da repressão às massas com uma reforçada e odiosa campanha contra os protestos combativos que novamente se agigantam pelas ruas das maiores cidades do país.
Uma campanha de contrapropaganda reacionária inflada sobretudo na sequência da morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão durante manifestação no Centro do Rio de Janeiro no dia 6 de fevereiro deste ano – a morte que os parasitas acossados pelas ruas em chamas tanto aguardavam desde as jornadas de junho do ano passado, e da qual ora tanto tentam tirar proveito para tentar a todo custo esvaziar as ruas dos justos protestos protagonizados pela juventude combativa.