
Resposta a Michele Obama: "Seu marido matou mais garotas
muçulmanas do que o Boko Haram jamais conseguiu"
Há algumas semanas parece que o assunto internacional mais importante para a mídia européia e americana era o rapto de 200 garotas colegiais nigerianas por um grupo terrorista radical chamado Boko Haram. Embora o rapto tenha sido praticado 15 dias antes, o assunto se tornou viral, um favorito instantâneo para os ativistas de poltrona e até para Michele Obama, que tirou foto com cara de choro e uma placa com o hashtag #BringBackOurGirls (tragam nossas meninas de volta).
A Organização Internacional de Trabalho estimou, em 2003, que até 6 milhões de crianças nigerianas já foram traficadas em algum momento de suas vidas. Segundo Emma Cristopher, especialista mundial de casos de escravidão e tráfico de seres humanos, dezenas de milhares de pessoas são compradas e vendidas todos os anos na Nigéria, a maioria são crianças. 40% da produção mundial de Cacau vem da Costa do Marfim. Crianças são traficadas de todo o oeste da África para trabalhar lá.
À medida que a economia da Nigéria expande e o volume das suas exportações de petróleo cresce, aumenta também o numero de ataques terroristas e a presença das tropas americanas do AFRICOM (comando africano do exército ianque). Os ataques do movimento Boko Haram começaram há cinco anos. Segundo especialistas da região, o Boko Haram é financiado e armado clandestinamente pelas forças de inteligência dos estados membros mais importantes da OTAN. Esse apoio seria justamente visando a desestabilização de países da região para justificar a presença militar da OTAN. A investida americana do AFRICOM, que diz buscar “soluções africanas para problemas africanos”, gravita estranhamente para as regiões ricas em petróleo e minerais, como Gana, o Sudão e o Congo.