Sahara Ocidental: jornalista sequestrado e criminalizado
No dia 4 de julho, várias viaturas da polícia marroquina cercaram a casa do jornalista e ativista do povo saharaui, MahmoudAl-Haisan, em El AaiunHaissan, antes de conduzi-lo para um local desconhecido.
Em 30 de junho, Mahmoud fazia a cobertura de uma manifestação pacífica de pessoas em El Aaiun, que apoiavam seleção da Argélia no jogo contra a Alemanha pela Copa da Fifa, quando a repressão policial atacou brutalmente a população que resistiu com bravura.
Após sua prisão, Mahmoud ficou 48 horas desaparecido e as autoridades marroquinas negavam informações sobre seu paradeiro até que até associações locais de defesa dos direitos do povo saharaui anunciaram sua transferência para a Cadeia Negra em El Aaiun.
No dia 21 e julho, Mahmoud foi apresentado perante um juiz e acusado de “formação de quadrilha armada”, “obstrução de estradas”, “ataque a funcionários públicos no exercício de suas funções” e “destruição de propriedade pública”.
Comunidade Boyen Mapu inicia controle territorial
Comunicado da comunidade mapuche Boyen Mapu
A comunidade mapuche em resistência Boyen Mapu do Lof Checkenko, comuna de Ercilla, comunica a população nacional e internacional:
Hoje, 20 de junho de 2014, ingressamos na parcela nº 17 do setor San Ramón, fazendo a ocupação efetiva desse território, iniciando dessa forma o processo de controle e recuperação, tanto territorial como produtiva.
Esta parcela é parte de nossa demanda territorial que inclui terrenos que hoje estão nas mãos das empresas florestais Mininco e Cautín.
A parcela nº 17 foi reconhecida como território mapuche em 1963 quando do governo Alessandri. Posteriormente, no ano de 1970, passou a ser considerado um assentamento, para que mais tarde, no ano de 1973, sob a ditadura de Pinochet, passasse às mãos das empresas florestais e particulares.
A entrada nessa parcela significa que as famílias de nossa comunidade ficarão vivendo permanentemente nesses terrenos, iniciando a construção de nossas rukas (tipo de construção de moradias utilizado pelos mapuche).
Como comunidade mapuche em resistência, exigimos do Estado uma solução total e integral da demanda territorial. Não bastam os subsídios nem os discursos de “boas intenções”. Se requer soluções reais que incluam principalmente a saída total e imediata das empresas florestais que hoje depredam e destroem nosso território.
Devolução imediata do território ancestral mapuche!