
A imagem do sequestro do promotor fascista correu o mundo
Militantes do Partido Revolucionário Libertação do Povo (DHKP-C, na sigla em turco) realizaram uma ação armada dentro da Corte de Istambul, tomando como refém Mehmet Selim Kiraz, promotor do caso da morte do joven Berkin Elvan, de 15 anos. Berkin morreu no dia 11 de março de 2014, após 269 dias em coma, por ter sido atingido por uma bomba lançada por policiais durante uma das grandes manifestações que convulsionaram a Turquia em 2013.
Durante as seis horas em que mantiveram o promotor sob seu poder, os militantes do DHKP-C exigiram que os policiais que assassinaram Berkin confessassem seu crime ao vivo na TV e que o julgamento deles fosse realizado por um júri popular. Além destas pautas, exigiam o fim dos processos políticos movidos contra as pessoas que participaram das combativas manifestações em memória de Elvan.
Após esse prazo, as forças de repressão do Estado fascista abriram fogo contra o gabinete onde o promotor era mantido sob o poder dos militantes. Os jovens Safak Yayla e Bahtiyar Dogruyol foram assassinados na ação realizada pela polícia fascista, a mesma que assassinou Berkin Elvan. O promotor Mehmet Selim Kiraz foi retirado ferido do prédio mas, segundo informações oficiais da imprensa turca, morreu antes de ser hospitalizado.
A organização popular revolucionária da Turquia, Partizan, emitiu um comunicado considerando a ação militante levada a cabo por Safak Yayla e Bahtiyar Dogrouyol contra um inimigo do povo como “legítima e justificável”. O Partizan condenou o assassinato dos jovens militantes pelo Estado fascista e o monopólio da imprensa, que “distorce e mancha tudo”, bem como o governo reacionário, que teme a resistência dos revolucionários e de tudo faz para tentar impedí-los de chegar às massas populares.