Nascido em 17 de junho de 1943, na praia de Caiçara, em São Bento do Norte, Rio Grande do Norte, o dirigente comunista Emmanuel Bezerra dos Santos foi um dos que, nos porões do regime militar, derramaram seu sangue na luta pela Revolução Brasileira.

Emmanuel Bezerra,
dirigente comunista
Ainda bem jovem, Emmanuel foi um destacado militante no Colégio Atheneu em Natal e chegou a presidir a Casa do Estudante. Estudou na Faculdade de Sociologia da Fundação José Augusto e foi um dos principais mobilizadores e organizadores da delegação dos estudantes potiguares no histórico congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP) no ano de 1968. Nesta ocasião foi preso e enquadrado no decreto 447 do gerenciamento militar, sendo expulso da faculdade.
Estudando e compreendendo de forma mais profunda a ideologia do proletariado, Emmanuel ingressou nas fileiras do Partido Comunista Revolucionário (PCR), no qual, como dirigente, desenvolveu intensa militância no Comitê Universitário do partido no Rio Grande do Norte, além de atividades de construção partidária em Pernambuco e Alagoas. Ele também cumpriu tarefas internacionalistas no Chile e na Argentina em nome do PCR, partido que foi extinto em 1979 e teve como base a Carta de 12 Pontos aos Comunistas Revolucionários, que expressava os aportes do pensamento mao tsetung a serem aplicados como o caminho para a Revolução em nosso país.
Foi preso junto com o grande dirigente comunista Manoel Lisboa de Moura, dirigente do PCR, em 16 de agosto de 1973 e, posteriormente, transferido para o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) de São Paulo, onde foi assassinado pelos esbirros fascistas. Como fortaleza ideológica que era, resistiu heroicamente às torturas sem delatar nenhum de seus camaradas de armas e derrotou moralmente seus inimigos sanguinários.