Redação de AND: Reproduzimos a seguir uma adaptação da nota publicada pelo Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia (sigla em inglês, ICSPWI) em decorrência da visita de Narendra Modi à Israel.
No dia 4 de julho, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi visitou Israel. Esta foi a primeira vez que um primeiro-ministro indiano realizou uma visita oficial a este Estado genocida-sionista. Deixando de lado todas as normas do protocolo, o primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu chegou ao aeroporto Ben-Gurion para receber Modi.
Mas voltemos um pouco atrás. O Knesset, o parlamento israelense, aprovou recentemente um projeto de lei que define Israel como “lar nacional do povo judeu”. Com isso, 1,65 milhões de árabes palestinos (20,7% da população do país) tornaram-se cidadãos de segunda classe no “lar nacional judeu”.
Portanto, Modi esteve no país dos sonhos de seu Guruji Golwalkar (ideólogo reacionário indiano fundador da Organização Patriótica Nacional - RSS -, considerada organização-mãe do Partido Bharatiya Janata, do qual Modi faz parte), cuja pregação dizia que “as raças estrangeiras na Índia devem adotar a cultura e a língua hindus, devem aprender a respeitar a religião hindu, não devem ter ideias senão as da glorificação da raça e da cultura hindus, ou seja, da nação hindu, e devem perder a sua existência separada para se fundir na raça hindu ou permanecer no país, totalmente subordinada à nação hindu, não reivindicando nada, não merecendo privilégios, muito menos qualquer tratamento preferencial – nem mesmo os direitos dos cidadãos. Nós somos uma nação antiga. Deixe-nos lidar, como as nações antigas devem lidar com as raças estrangeiras que escolheram viver em nosso país”.
Modi está visitando a terra onde o sonho do RSS se concretizou. Não é surpreendente que Modi e Netanyahu estejam se chamando de irmãos e se abraçando repetidamente.