Funcionários da companhia monopolista Shell realizaram uma greve de seis dias, convocada pela União de Mostazal, na localidade de San Bernardo. Iniciada em 4 de maio, a greve repudia as condições precárias de trabalho e critica especialmente um episódio recente, quando um funcionário da empresa foi baleado durante o seu expediente e não teve cobertura pelo seguro de vida fornecido pela empresa.
Os trabalhadores relatam estarem em condições inadequadas de trabalho e que a integridade física deles está comprometida. Os trabalhadores denunciam ainda que o seguro de vida dado pela empresa não atende quando eles necessitam.
O pivô que desencadeou a rebelião foi um assalto ocorrido em uma estação da Shell em San Bernardo, onde um funcionário do posto, de nacionalidade haitiana, foi baleado e teve dificuldades para usufruir do seguro de vida.
“Denunciamos que há trabalhadores que são assaltados e acidentados, e os seguros de vida que existem não lhes cobrem.”, expôs o dirigente sindical Juan Caripán ao jornal El Pueblo.
A greve cessou somente após a gerência local da companhia ceder às pressões e aceitar negociar.
Famílias resistem contra despejo
Também na região de San Bernardo, ao menos 80 famílias proletárias e semiproletárias foram despejadas do Acampamento Elena Princinger. O povo em luta por acesso à moradia, incluindo adultos, idosos e crianças permanecem na beira da estreita estrada El Mariscal desde o dia 6 de maio, dividindo o espaço com carros que a percorrem em alta velocidade.