Profissionais da educação peruana encontram-se em greve desde o dia 20 de junho por tempo indeterminado. No início as mobilizações se concentraram na região de Huancavelica e apenas algumas escolas funcionaram, mas logo a mobilização expandiu-se para todo o país.
Os professores aderiram à massiva greve que foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Peru (Sutep). Na vã tentativa de impedir o prosseguimento da luta, o Ministério da Educação decidiu substituir os professores grevistas que se ausentarem por três dias consecutivos.
Os docentes dão mostras de resistência ante os ataques e intimidações perpetradas pelo governo de Martín Vizcarra. O secretário geral do SUTEP declarou à imprensa a necessidade de todos tomarem parte na luta para barrar as medidas aplicadas contra a educação: "Que eles nos substituam. Não haverá professores para assumir. A luta não é apenas para aqueles que trabalham, mas para todos".
Em 2017 uma massiva greve dos mesmos professores demonstrou imensa combatividade em intensos confrontos com a repressão e impôs derrotas ao governo do velho Estado, então comandado por Pedro Paulo Kuczynski, que renunciou em março deste ano.