Contra o reajuste de apenas 2,95%, os trabalhadores em educação do Estado do Piauí decidiram dar continuidade à greve que já persiste desde o dia 6 de junho.
Dever de Classe
Assembleia delibera permanência da greve, 10/06
De acordo com os professores, o legislativo aprovou somente 2,95% de reajuste para os trabalhadores da educação, contrariando o acordo judicial com a primeira lei aprovada, que foi de 6,81% para os trabalhadores do magistério e de 3,95% para o setor administrativo.
No último minuto a mesa diretora do parlamento estadual apresentou uma nova resolução alegando que a legislação eleitoral proíbe esta concessão de reajustes salariais que excedam a inflação nos seis meses que antecederem ao pleito, referendando o salário de fome.
“O aumento não ocorreu, fizemos uma assembleia, já estamos há 13 dias em greve e sem previsão de retorno”, afirma a secretária do sindicato Edimar Nascimento. Revoltados com tal situação, os professores se reuniram em frente ao Palácio de Karnak, na manhã do dia 25 de junho, para voltar a protestar e garantir seu direito de reajuste.
Os professores que protestavam foram recebidos com violência pela Polícia Militar, em uma manifestação anterior realizada na manhã de 21 de junho em frente à Assembleia Legislativa do Piauí. Na ação truculenta determinada pelo presidente da casa, Themístocles Filho/PMDB, os trabalhadores foram covardemente agredidos, entre eles a professora Patrícia Andrade, que teve fratura no fêmur e precisou ser submetida à cirurgia.
A categoria voltará para se manifestar em frente ao Palácio de Karnak no dia 28 de junho e entrará com um processo judiciário contra o Estado.