Em entrevistas dadas à imprensa ianque The Washington Post, membros de povos tribais, figuras religiosas, professores e ativistas que trabalham em Mindanao ou em outras regiões onde está presente a guerra popular acusam o velho Estado semicolonial filipino de uma série de abusos contra os direitos do povo.
Dondi Tawatao, Getty Images
Em resposta às atrocidades do Exército, povo se organiza com maoistas no Novo Exército do Povo (foto)
Há relatos de sabotagem nas entregas de comida e medicamentos dentro dos vilarejos e trabalhos de grupos paramilitares que matam cidadãos filipinos que moram perto de zonas guerrilheiras, com a justificativa de que eles têm alguma ligação com o Novo Exército do Povo (NEP), dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas (PCF).
Os moradores dessas áreas afirmam que se eles denunciarem as atrocidades feitas pelo Exército reacionário filipino do governo Duterte, ou se recusarem a colaborar com as empresas multinacionais de mineração da região, são imediatamente rotulados como “simpatizantes do comunismo” e muitas vezes levados para interrogatórios.
“Eu fui acusado de incitar um protesto, apenas porque estava visitando famílias que foram deslocadas de suas casas por conta de um ataque militar, fui levado para interrogatório.”, relata Raymond Ambray, um padre católico que trabalha em áreas de tribos indígenas.