O Emirado Islâmico do Afeganistão (Talibã) realizou um ataque de considerável envergadura contra uma das bases militares da principal agência de inteligência do governo títere afegão – governo instaurado em 2001 pela coalizão invasora liderada pelo imperialismo ianque. A ação ocorreu dia 21 de janeiro, na província central de Maidan Wardak (vizinha à capital Cabul).
AFP
Combatentes talibãs expulsam as forças ianques do país
Há diversas versões sobre o ataque do Talibã contra a base militar. O canalianque CNN entrevistou um funcionário do governo da região e, segundo ele, dois carros civis com bombas foram detonados na entrada da base, causando o total de 12 mortes. No entanto, o órgão do monopólio de imprensa britânico, The Guardian, usando um “oficial do Ministério da Defesa afegão em condição de anonimato” como fonte, relata que o ataque se iniciou com a explosão de um veículo militar ianque capturado pelo Talibã dentro da própria base e que o total de mortos estava em cerca de 100. Já o Talibã, por meio do porta-voz oficial Zabi-Allah Mujahid, afirma que cerca de 200 soldados pró-invasores foram mortos.
O ataque teria sido realizado justamente contra uma base central do Diretório Nacional de Segurança, órgão de inteligência e repressão instaurado pelos ianques, formado principalmente por figuras do antigo KHAD (antigo serviço secreto pró-social-imperialismo soviético) e pelos elementos mais corruptos da resistência contra a invasão russa dos anos 1970 e 1980 (a chamada “Aliança do Norte”).
Um ataque a uma base tão central e estrategicamente importante preocupa os oficiais do regime pró-USA, que veem em suas tropas considerável perda moral. “Isso mostra a fraqueza de nossas forças.”, disse um membro do conselho provincial de Maidan Wardak.