No dia 15 de outubro, um ataque contra as forças da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (Minusma), da “Organização das Nações Unidas” (ONU), deixou um diplomata egípcio morto e um capacete azul, como são chamados os militares da ONU, gravemente ferido. O episódio ocorreu na região de Kidal, no Norte do Mali.
Outro ataque se deu em Timbuktu, uma das principais cidades do país africano, onde pelo menos um militar das forças de “paz” da ONU foi ferido em uma ação realizada contra uma instalação militar integrada da Minusma.
Os membros do Conselho de Segurança da ONU ameaçaram retaliar os ataques contra a Minusma por meio da imposição de sanções, como é de praxe da instituição imperialista.
Estabelecida em 2013, a Missão da ONU mantém mais de 13 mil soldados em todo o país, junto de uma coalizão militar imperialista encabeçada pelo imperialismo francês que soma mais outros 4,5 mil soldados. Sua atuação colonialista se acirra principalmente na região Norte do Mali, onde grupos separatistas atualmente ligados a Al-Qaeda rivalizam com elas pelo controle territorial. Desde sua instituição, mais de 200 soldados da Minusma já foram mortos em ações militares desses grupos, em resposta contrária à presença de tropas estrangeiras na região.
A questão do Mali, no entanto, trata-se de um problema de escala multinacional, pois as tropas estrangeiras mobilizadas para a situação desse país estão dispersas em outras quatro nações na região, Burkina Faso, Mauritânia, Níger e Chade, por meio da chamada Operação “Barkhane”, que ocorre desde 2014.