Cerca de 50 professores da rede estadual de ensino do Paraná realizaram, entre os dias 19 a 26 de novembro, uma greve de fome em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do estado, em Curitiba. A categoria é contrária ao plano de militarização e fechamento de escolas e turnos letivos e exige a revogação do novo edital do Processo Seletivo Simplificado (PSS), que alterou as condições de contratação de professores temporários, passando a demandar provas presenciais com taxas de inscrição. Essa medida significa a demissão de mais de 28 mil professores, dentre outras consequências desastrosas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
A greve de fome é uma das várias ações promovidas pela categoria em luta contra as medidas desatadas pelo governador latifundiário, “Ratinho” Junior (PSD), e pelo secretário de educação, o empresário Renato Feder, que fora considerado para assumir a cadeira de Abraham Weintraub como ministro da educação do governo de Bolsonaro e generais, em julho deste ano.
No dia 17/11, centenas de professores realizaram uma manifestação que foi seguida da ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), exigindo uma discussão entre governo e professores, já que até o momento não havia ocorrido qualquer consulta pública sobre as novas alterações. Diante do ato combativo, a Secretaria de Educação e de Esporte (Seed) declarou publicamente que “o governo do Estado não negocia com sindicato que não respeita as instituições democráticas”, como forma de retaliação.
Outro ato já havia sido realizado no dia 30 de outubro em frente à Seed, quando houve a publicação do novo edital. Os manifestantes reivindicaram que a secretaria realizasse reunião imediata para discutir a mudança e, diante da negativa dela, o prédio foi ocupado. Manifestações de professores em todas as regiões do estado marcaram também o dia 04/11.
Mais informações sobre essa importante luta dos profissionais em educação podem ser lidas no Portal do AND.