No dia 07 de março, o MFP – Movimento Feminino Popular celebrou o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora com cerca de 50 camponeses da área revolucionária Zé Bentão e áreas vizinhas, que compunham a antiga fazenda Santa Elina, parte dela retomada pelos camponeses em 2010. O ato resgatou que o dia 8 de março não é o dia de todas as mulheres e sim das trabalhadoras, e que só uma revolução pode colocar fim à violência contra a mulher. Também debateu que a profunda crise de nosso país não pode ser resolvida por um governo saído da farsa eleitoral e tutelado pelos altos mandos das forças armadas reacionárias. Só o povo pode construir um novo Brasil, verdadeiramente democrático, livre e justo, através da Revolução de Nova Democracia, que inicia como Revolução Agrária, como a realizada naquelas áreas localizadas na divisa dos municípios Corumbiara e Chupinguaia.
Camponeses homens também interviram saudando as mulheres trabalhadoras pelo seu dia e destacando a importância delas.
Foi distribuído um panfleto do MFP e cantado o hino da Revolução Agrária “Conquistar a Terra”. O local foi decorado com bandeiras do MFP e da LCP – Liga dos Camponeses Pobres, cartazes com os dizeres “8 de março: Viva o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora!” e “Nem Bolsonaro, nem Mourão, nem congresso de corruptos e fora forças armadas reacionárias!”. Teve ainda um mural com fotos de mulheres e homens lado a lado em diversas atividades da Revolução Agrária, na luta, no trabalho e na vida diária.
Depois houve um bingo e lanche partilhado, importantes atividades recreativas e de integração. Os prêmios sorteados foram arrecadados em comércios da área e das cidades vizinhas, que apoiam os camponeses em luta pela terra, pois são estes trabalhadores que movimentam a economia das pequenas e médias cidades. Também houve um bazar de roupas usadas. Todo o recurso arrecadado foi passado à Escola Popular Antônio Dias que funciona na área.
Para propagandear esta importante data da luta popular em todo o mundo e convidar para o ato, camponeses colaram cartazes nos comércios, tanques para recolhimento de leite e escolas, além de passaram de sala em sala debatendo o tema com crianças de todas idades.
Panfleto do MFP: