Centenas de pessoas foram as ruas de São Paulo para protestar contra a Chacina do Jacarezinho e o genocídio contra o povo preto e pobre das favelas. Foto: Saulo Dias
No dia 8 de maio, centenas de pessoas foram até a avenida Paulista, no Centro de São Paulo, para expressar total repúdio à operação genocida da Polícia Civil que deixou 28 pessoas mortas na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, no dia 6 de maio.
Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 17h. Posteriormente, o protesto seguiu para a Praça do Ciclista e fechou uma das faixas da Avenida Paulista.
Faixa denuncia alto número de mortes durante operação de guerra da Polícia. Foto: Fábio Vieira
O ato foi organizado pela Coalizão Negra por Direitos, que reúne mais de 200 organizações do Movimento Negro, e exigiu atráves de faixas, cartazes e palavras de ordem a reparação às famílias das vítimas, a responsabilização das forças policiais além de um plano de redução da violência e letalidade policial. A organização também lançou um manifesto na internet, no qual afirmou: “vivemos em um país no qual amanhã poderemos estar mortos. Seja pelo Coronavírus, seja pela fome, seja pela bala, o projeto político e histórico de genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites e sem possibilidade concreta de sobrevivência do povo negro”.
Durante o ato, os manifestantes levaram dezenas de faixas e cartazes criticando o presidente fascista Bolsonaro, os generais, o governo do Rio de Janeiro e as polícias Civil e Militar. Os manifestantes também exigiram direitos, empregos, salários e vacinação.
Faixa contra o presidente fascista e exigindo direitos básicos para o povo. Foto: Reprodução