Logo da Resistência Atleticana Antifascista e da Liga dos Camponeses Pobres compõem imagem sobre manifestação camponesa. Foto: Reprodução
No dia 13 de maio, a organização popular Resistência Atleticana Antifascista diante das recentes declarações de Bolsonaro criminalizando os camponeses organizados, dessa vez no estado de Rondônia, publicou em seus portais uma nota de solidariedade à Liga dos Camponeses Pobres (LCP).
A nota inicia-se denunciando a chacina anunciada e a taxação de terroristas que faz o governo militar genocida contra as famílias camponesas em luta pela terra. O grupo afirma que as declarações são feitas para que criminalizando, possam legitimar e promover um massacre contra as famílias.
Fazem paralelos sobre os últimos acontecimentos promovidos pelo velho Estado contra o povo pobre das favelas do Rio de Janeiro, se referindo à chacina do Jacarezinho e ressaltando como esta não é vista como terrorismo, que inclusive foi parabenizada por Bolsonaro. Porém, pelos reacionários como terrorismo é vista a luta pela terra.
“Chamar camponês organizado de ‘terrorista’ é a mesma lógica daqueles que chamam de ‘traficante’ o povo periférico das grandes cidades para assim terem o aval para matar trabalhadores à vontade”, afirmam.
O grupo segue dizendo que se o Estado Brasileiro fosse democrático, a terra seria de quem nela trabalha e os crimes do latifúndio seriam condenados por atuarem contra os direitos mais básicos do povo.
Denunciam ainda em nota que o velho Estado está à serviço de latifundiários e de grandes empresários e declara que os falsos patriotas que puxam o gatilho contra trabalhadores no campo e na cidade. Trazem a memória a história da Força Expedicionária Brasileira (FEB) como verdadeiros patriotas. Denunciam ainda o entreguismo com o qual as forças armadas reacionárias colaboram.
Concluem afirmando: “Não podemos deixar que a justa luta pela terra, que nos aponta um futuro de paz e dignidade para o povo do campo, seja atacada por gente tão baixa quanto esses fascistas e entreguistas que hoje têm o monopólio da força!”