Faixa levada durante o ato exclamava: "Contra o Genocídio, Rebelar-se é justo!". Foto: Tom Cabral.
No dia 17 de maio, a Articulação Negra de Pernambuco convocou um ato no centro do Recife com o objetivo de denunciar o genocídio perpetuado contra o povo pobre e preto, rechaçando a chacina que ocorreu na favela de Jacarezinho feito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O ato contou com a participação de centenas de pessoas que se encontram revoltadas com todo o regime de fome e de morte do governo militar genocida de Bolsonaro.
Trabalhadores e estudantes realizaram manifestação contra o genocídio do povo preto e pobre. Foto: Banco de Dados AND
Na Praça do Derby os manifestantes realizaram suas intervenções, onde foi denunciado não só o último massacre perpetuado pelo velho Estado, mas também todo o quadro de fome, morte e miséria resultado do genocídio planejado de Bolsonaro e dos Generais junto a crise do capitalismo burocrático. Foi relembrado no ato a heroica resistência do povo brasileiro ao longo da sua história, enfatizando a importância da luta empreendida por Zumbi dos Palmares e dos Quilombos como modelo exemplar de como é possível resistir à impressão. Ativistas do coletivo Mangue Vermelho (MV) em fala denunciaram as sucessivas tentativas de massacre a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) de Rondônia denunciando que os militares em conluio com o velho Estado promovem uma verdadeira matança contra o povo do campo e da cidade. Enfatizando que apenas a organização popular combativa é que vai garantir o poder nas mãos do povo brasileiro.
Após as intervenções, os manifestantes marcharam em direção a avenida Agamenon Magalhães no Recife com o objetivo de bloqueá-la, onde os manifestantes ergueram faixas com os dizeres: Contra o genocídio! Rebelar-se é justo!; Nem bala, nem fome, nem Covid-19, o povo negro quer viver! A PM tentou conter a manifestação desejando que o povo se retirasse da avenida, mas os manifestantes permaneceram no local de forma combativa, gritando a plenos pulmões. A multidão enfurecida e de punhos cerrados gritavam palavras de ordem como: Polícia fascista! Estado terrorista!; e outros dizeres contra o governo militar genocida de Bolsonaro, também relembrando todos aqueles que foram assassinados covardemente pelos militares.
Faixa levada ao ato pelo movimento Mangue Vermelho. Foto: Marlon Diego.