Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou a desigualdade social no estado do Rio de Janeiro dividida em torno dos municípios. A cidade mais rica e a mais pobre contam com um verdadeiro abismo de mais de R$ 3,5 mil de diferença na renda média por pessoa.
O resultado da pesquisa aponta que a cidade de Niterói, na região metropolitana, é a cidade com maior renda média por pessoa: R$4.186,51. Enquanto que Japeri, na Baixada Fluminense, tem a renda mais baixa, com R$ 259,63 por habitante. Portanto, a renda média em Niterói é 16 vezes maior do que a de Japeri.
O estudo também indica que o Rio de Janeiro é o terceiro estado com maior renda média por pessoa no país, com R$ R$ 1.720,70, o que deixa o estado atrás apenas de Brasília com R$ 2.981,00 e São Paulo com: R$ 1.977,02. Porém tal posição não reflete a realidade dos moradores do Rio de Janeiro.
A pesquisa chega ao valor a partir da soma de tudo que é produzido no estado, dividido pelo número de habitantes.
Os pesquisadores utilizaram como base as declarações de imposto de renda das pessoas físicas para calcular a renda média dos moradores.
Portanto, os municípios com as maiores renda média por pessoa foram: Niterói, Rio de Janeiro, Macaé, Petrópolis, Teresópolis e Volta Redonda. Os com menor renda média são: Japeri, Tanguá, São Francisco do Itabapoana, Sumidouro, Varre Sai e Belford Roxo.
A capital do estado ficou com a renda média de R$ 2.898,46. Uma diferença de 30% em relação a Niterói.
O resultado ilustra a gigantesca desigualdade social existente no Rio, com bairros luxuosos e favelas muitos próximos, como o exemplo da favela da Rocinha e o bairro de São Conrado, na zona sul.
Bairro Santa Amélia, um dos mais desassistidos de Japeri. Foto: Ana Lúcia Araújo