Manifestação em frente a delegacia exigiu a liberdade imediata de Matheus. Foto: Reprodução
No dia 03 de julho, durante a manifestação contra o governo militar genocida de Bolsonaro e generais ocorrido em São Paulo (SP), o ativista Matheus Machado Xavier e outros três manifestantes foram presos pela Polícia Militar (PM) de São Paulo. Um dos presos foi agredido covardemente pela polícia antes de ser detido. Sem qualquer prova do cometimento de crimes, todos foram libertados, com exceção de Matheus que segue preso sob a falsa alegação de “lesão corporal e furto de capacete do segurança do metrô”.
A prisão segue apesar de vídeos demonstrando que o capacete do policial caiu durante a manifestação (não tendo sido “furtado”). No momento da queda do segurança, o ativista Matheus estava em outro ponto do protesto. Posteriormente, o capacete foi encontrado por outros manifestantes e não roubado, como alega a acusação.
Matheus foi preso quando voltava para casa após ser seguido e agredido por um policial do serviço reservado (conhecido como “P2”) da PM de João Dória, que o acusou de agressão e furto. A partir da prisão, foi incorporada a falsa acusação de roubo e agressão. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou que recebeu relatos de policiais infiltrados. As denúncias apontam também que os policiais tiraram fotos dos rostos dos presentes e prenderam durante a dispersão do ato.
Leia também: Abin intensifica monitoramento aos atos contra o governo militar
Diversas ações foram feitas exigindo sua liberdade. Uma manifestação ocorreu na manhã de segunda-feira, 05/07 exigindo a liberdade imediata de Matheus. O ato ocorreu em frente ao 77º distrito policial de Santa Cecília.
No dia 06/07 foi feito o pedido do Habeas Corpus de Matheus. Contudo, não há previsão do resultado.
#LibertemMatheus
Matheus é preso político do governo militar de Bolsonaro e generais. Sua prisão e a acusação falsa de agressão e furto foram feitas após um amplo crescimento do protesto popular. As massas têm elevado sua denúncia e demonstrado seu repúdio ao genocídio planificado. As manifestações tomaram as ruas de mais de 320 cidades do país e também no exterior.
Toda essa situação obriga os reacionários (entre eles os agentes do velho Estado brasileiro, como os governos federal e estaduais, como o de SP, e também os órgãos de inteligência) a intensificar a sua criminalização ao justo protesto popular, que, apesar disso, cresce a cada dia. Colocando Matheus como “trófeu”, as forças de repressão falharão em seu objetivo de intimidar.
A ampla campanha de apoio que vem recebendo Matheus é comprovação disso. Imediatamente após a arbitrária prisão, diversos trabalhadores, estudantes, ativistas, personalidades democráticas e organizações populares prestaram sua solidariedade ao ativista e também exigindo sua imediata liberdade.
Ver essa foto no Instagram