Manifestação de família e amigos de Gabriel. Foto: Mídia Ninja
Após cinco longos anos de espera por justiça, no dia 21 de fevereiro, a família e amigos de Gabriel Sartori ouviram da justiça que o policial militar Bruno Carnelos Zangirolami foi absolvido pelo assassinato do jovem que à época do crime tinha apenas 17 anos. Gabriel foi morto no dia 16 de fevereiro de 2017 em frente ao Colégio Estadual Maria Aguilera, no bairro Conjunto Cafezal, na cidade de Londrina, no Paraná.
Gabriel foi assassinado em um feriado. O jovem estava com mais dois amigos em frente ao colégio conversando. Neste momento, o policial Bruno Carnelos Zangirolami, que morava dentro da escola, se incomodou com o barulho e saiu para tirar satisfações. Acompanhado por um cachorro de grande porte e armado, o militar ameaçou os jovens. Em seguida, Bruno atirou na direção dos meninos, o projétil acertou o chão e ricocheteou atingindo Gabriel que não resistiu aos ferimentos e morreu. Na época o caso teve grande repercussão dada a tamanha covardia empreendida pelo militar contra três adolescentes desarmados.
Após mais de 11h de julgamento, a justiça decidiu absolver o policial entendendo que o militar “agiu em legítima defesa” contra três jovens desarmados. Testemunhas ouvidas apontaram que os três jovens não teriam condições para enfrentar o policial, que estava acompanhado por um cão de grande porte.
A mãe do jovem, Cristiane Sartori, e demais familiares foram impedidos de entrar no Fórum, “por conta de protocolos contra a Covid-19”. Desta forma os familiares foram obrigados a acompanhar o julgamento do lado de fora do prédio, através de uma transmissão ao vivo feita por meio da internet. Junto aos familiares, outras dezenas de pessoas, dentre eles, amigos, vizinhos e demais trabalhadores e estudantes também ficaram do lado de fora. Os manifestantes levaram faixas e gritaram palavras de ordem cobrando justiça para Gabriel e punição para o policial assassino.
Com a decisão, a família de Gabriel e os familiares presentes ficaram revoltados: “11h de julgamento para você ver o assassinado do seu filho ser absolvido. Saber que ele é culpado. É muito injusto, isso. Ele alega legítima e todo mundo aceita. Nós vamos recorrer de novo. Eu não vou desistir do meu filho”, desabafou Cristiane, em um vídeo divulgado na internet, após a audiência. A família afirmou que irá recorrer da sentença.
Após o julgamento, veículos da Polícia Militar (PM) começaram a chegar em frente ao prédio com sirenes ligadas e fazendo manobras mais abruptas para intimidar os manifestantes e familiares, a mãe de Gabriel, afirmou: “O assassino foi absolvido por legítima defesa, e nós acusados pelos policiais. A sensação é que eles já estavam ali esperando, sem respeito, sem pudor”, denunciou a Cristiane.
Gabriel foi assassinado em um feriado. O jovem estava com mais dois amigos em frente ao colégio conversando. Neste momento, o policial Bruno Carnelos Zangirolami, que morava dentro da escola, se incomodou com o barulho e saiu para tirar satisfações. Acompanhado por um cachorro de grande porte e armado, o militar ameaçou os jovens. Em seguida, Bruno atirou na direção dos meninos, o projétil acertou o chão e ricocheteou atingindo Gabriel que não resistiu aos ferimentos e morreu. Na época o caso teve grande repercussão dada a tamanha covardia empreendida pelo militar contra três adolescentes desarmados.
Foto: Reprodução.