Mais de 300 pessoas realizaram um protesto no centro de Faxinal dos Guedes (SC) contra o despejo sofrido pelas famílias do Acampamento Marcelino Chiarello ocorrido no dia 29 de novembro.
Na manifestação, ocorrida no dia 1º de dezembro, foram denunciados as ações violentas praticadas durante o cumprimento do mandado de reintegração de posse por um grande aparato policial, que contou com a participação da Tropa de Choque da PM, cavalaria, drone e helicóptero.
Os camponeses foram obrigados a abandonar as suas moradias, criações de animais e cerca de 200 hectares de áreas plantadas com batata, cenoura, feijão, hortaliças e milho. As casas foram postas abaixo por uma retroescavadeira. As famílias foram forçadas a se alojarem no ginásio de esportes do município de Faxinal dos Guedes.
Segundo denúncias dos camponeses durante o protesto, o mandado de reintegração de posse emitido pela juíza Heloisa Menegotto Pozenato da 2ª Vara Federal da Justiça Federal de Chapecó favorável a empresa Sementes Prezzotto da família Prezzotto, que alega ser proprietária da fazenda, teria ignorado o fato de que as terras pertencem ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).